Médicos do Estado decidem pela deflagração de greve por tempo indeterminado

Médicos do Estado decidem pela deflagração de greve por tempo indeterminado

Os médicos do Estado decidiram por unanimidade entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de novembro. A posição da classe foi tomada na assembleia geral extraordinária (AGE) convocada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), realizada na noite de quarta-feira, 04, quando houve a análise do cenário imposto pelo governo.

Os profissionais votaram ainda pela suspensão total de todos os plantões extras a partir de novembro. A postura tomada se deve aos cortes realizados das gratificações e ao não pagamento dos plantões já realizados.

Segundo o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, caso haja a retomada de todos os direitos, a mobilização será suspensa. A entidade já possui uma agenda com o governo do estado para as 14h30 desta sexta-feira, 06.

“A categoria decidiu por oferecer um prazo de pouco mais de 30 dias para demonstrar sua boa vontade. Caso haja a confirmação do pagamento de todos os direitos para todos os médicos, a paralisação não será realizada”, detalhou o sindicalista.

Depois de receber várias queixas relacionadas ao não pagamento de plantões e ao corte dos adicionais dos médicos, o Sindmed-AC convocou uma AGE para ouvir a categoria. Existem relatos até de demissões de profissionais. Vários documentos que chegaram ao conhecimento do sindicato comprovam os cortes e as irregularidades.

“Não podemos admitir que o médico seja punido pela ineficiência da gestão atual, responsável pela crise financeira. Os servidores trabalharam muito durante a pandemia de Coronavírus e não receberam as devidas homenagens e, ainda sim, são os primeiros a serem prejudicados economicamente”, criticou o presidente do Sindmed-AC.

A promessa da gestão era que a crise financeira anunciada pelo governo não afetaria os setores da Saúde e da Educação.

O representante sindical ainda lembra que pautas antigas, como o Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR), a reposição inflacionária e outras demandas não foram atendidas, mesmo existindo acordos e dezenas de reuniões.

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