Sindmed-AC cobra entrega de novos leitos no INTO e abertura do ambulatório para pacientes com Covid-19

Sindmed-AC cobra entrega de novos leitos no INTO e abertura do ambulatório para pacientes com Covid-19

Diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) estiveram na manhã de segunda-feira (18) na terceira visita realizada pela entidade ao Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), local apontado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) para ser referência de atendimento aos casos de Covid-19 no Acre.


Chamou atenção do sindicato que, mesmo inaugurado e com empresa contratada para gerir a unidade, o Into ainda esteja longe de atingir a capacidade prometida e cumprir sua real função que seria se tornar a única unidade de saúde a atender pacientes suspeitos e já diagnosticados com o novo coronavírus.


 Dos 77 leitos projetados, incluindo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermarias, de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) apenas 31 leitos estão com pacientes, representando o uso de apenas 40% de sua capacidade prometida.
 Segundo a diretora da unidade, Lorena Seguel, há 19 pacientes em leitos de UTI e 12 em uma das enfermarias.

Vale lembrar que a empresa Medial Brasil, especialista em gestão médica, assinou contrato com o governo do Acre no valor de mais de R$ 15 milhões para a gestão do Into e o decreto foi publicado do Diário Oficial do Acre em 22 de abril deste ano, mas mesmo assim o hospital ainda não atende nem a metade do anunciado e não abriu serviços ambulatoriais conforme havia sido garantido pela gestão da Sesacre. Paralelo a isto, de acordo com denúncias de servidores da saúde, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito está lotada e com pacientes aguardando leitos em UTI.

A primeira-secretária do Sindmed-AC, Jacqueline Fecury, mesmo reconhecendo que as coisas avançaram bastante do ponto de vista de infraestrutura, diz que é preocupante a questão do Into não atender a sua capacidade anunciada. Jacqueline questionou porque os pacientes da UPA, que aguardam leitos em UTI ou em emergência, não foram ainda transferidos. Diante do questionamento, a diretora do Into, Lorena Seguel, afirmou que não sabe responder e que o assunto depende do setor de regulação.

“Não temos nenhuma autonomia para receber pacientes aqui que não venham transferidos pela regulação”, frisou ela diante do questionamento da diretora do sindicato.

O vice-presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, frisou que o Into está praticamente pronto para receber todos os pacientes e salientou que quanto antes a unidade se torne referência para atendimento de coronavírus melhor será para o sistema de saúde.  “ Ainda há coisas para serem feitas, adequadas e ajustadas para que realmente seja o que prometeram”, diz.

A primeira-secretária do Sindmed-AC, Jaqueline Fecury, afirmou que é preocupante a questão do ambulatório ainda não estar atendendo, deixando assim a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito e demais unidades sobrecarregadas, como já está acontecendo. “ A preocupação do sindicato é o ambulatório ainda não estar funcionando, pois o atendimento do Covid-19 na fase inicial pode evitar sua evolução para as formas graves da doença. Quando o ambulatório estiver funcionando desafogará as demais unidades. Precisamos deste atendimento básico para que evite de o paciente passar para uma fase mais avançada da doença”, diz.

Vale frisar que na última visita feita pelos diretores do Sindmed-AC ao Into, realizada no dia 7 de maio, foi uma informado uma capacidade para 77 leitos.

Os diretores do Sindmed também visitaram as obras do hospital de campanha e ficaram satisfeitos com os avanços das obras. “ Deu uma alavancada boa em comparação com o que vimos na primeira visita e esperamos que em caso de necessidade, a obra já esteja concluída ”, diz Jacqueline Fecury.


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