“Peço perdão a Deus todos os dias por ser obrigada a escolher quem vive e quem morre”, afirma médica do Huerb

“Peço perdão a Deus todos os dias por ser obrigada a escolher quem vive e quem morre”, afirma médica do Huerb

“Peço perdão a Deus todos os dias por ser obrigada a escolher quem vive e quem morre por falta de respiradores”, falou uma médica, que pediu para não ser identificada, aos Diretores do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC), e que atua no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) atendendo todos os casos de coronavírus (Covid-19). Emocionada, a profissional explicou que faltam ventiladores para atender toda a demanda de pacientes.

O relato foi feito durante a visita realizada na tarde de quinta-feira (21) pelos sindicalistas a unidade de saúde, momento em que foi verificado o fechamento da ala psiquiátrica, pois todos os pacientes acabaram infectados com Covid-19.

Com o Serviço de Emergência Clínica (SEC) lotado, misturando casos confirmados de Covid-19, casos ainda não testados e pacientes que precisam de outros tratamentos, a quantidade de infectados poderá ser potencializada.

A primeira-secretária do Sindmed-AC, Jacqueline Fecury, reforçou a necessidade do apoio da Prefeitura de Rio Branco para a abertura de postos de saúde para atender os casos da doença ainda na fase inicial, buscando reduzir a quantidade de pacientes que evoluam para a necessidade dos respiradores.

“Uma saída para colaborar com a redução do número de pacientes intubados seria abrir postos de saúde para atender a Covid-19 de forma inicial, combatendo o vírus com maior eficácia”, detalhou a sindicalista.

O vice-presidente do Sindicato, Guilherme Pulici, explicou que no sábado os representantes da entidade cobrarão da prefeita Socorro Neri a abertura de postos de saúde para atender a população com suspeita de coronavírus.

“No sábado teremos reunião com a prefeita, em que vamos expor a necessidade da abertura do atendimento. Não é possível ter apenas como porta de entrada apenas a UPA do segundo Distrito”, afirmou Pulici.

Segundo Jacqueline Fecury, uma reunião com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) estava programada para o final da tarde de quinta-feira, mas os gestores acabaram desmarcando. “Nosso objetivo era apresentar as demandas da capital e do interior, pois existem muitas reclamações sobre a falta de condições de trabalho, dificultando a atuação dos profissionais”, finalizou.

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