Sindmed-AC estuda processar pessoas que propagam discurso de ódio

Sindmed-AC estuda processar pessoas que propagam discurso de ódio

A diretoria do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) estuda abrir processos contra pessoas que utilizam as redes sociais para fazer ataques e disseminar discurso de ódio e boatos contra médicos. A decisão foi tomada depois de ouvir reclamações da categoria, em Brasileia, que teme atos de violência, como agressões e mortes.
Os relatos que disseminam ódio nas redes sociais apontam situações que não são verdadeiras, por isso as publicações podem ser denunciadas como “fake” e, com isso, as empresas provedoras também podem ser notificadas para o bloqueio de contas.


“Sabemos que a população enfrenta dificuldades para buscar o atendimento público, mas muitos problemas relatados não são de responsabilidade dos médicos, mas do sistema. Muitos relatos são atribuídos aos profissionais de forma indevida”, justificou o presidente do Sindmed-AC em exercício. Guilherme Pulici.
As pessoas afetadas pelos ataques vêm juntando provas que devem resultar também em denúncias ao Ministério Público Estadual (MPE) por existir a hipótese de crimes.
O tema foi o principal alvo de debate durante reunião com médicos do Hospital Geral de Brasileia onde houve também a constatação da necessidade de contratação de mais profissionais. Outra demanda feita foi a necessidade de um tomógrafo na unidade que permita aprimorar a avaliação dos pacientes e evitar deslocamentos desnecessários para Rio Branco.
“O hospital é novo, enorme, mas faltam médicos e faltam equipamentos que poderiam agilizar o atendimento local, evitando atrasos e o deslocamento de pacientes que os colocam em risco de morte”, justificou o presidente do Sindicato.
Estrutura precária
Em Xapuri, a diretoria do Sindmed-AC encontrou, na sexta-feira (02), uma estrutura precária no Hospital Epaminondas Jácome, com diversas paredes cheias de infiltração, portas improvisadas que potencializam a contaminação e o afundamento do piso da sala de emergências com risco de possível desmoronamento.
Na unidade ainda faltam medicações e há oscilação de energia que inutiliza o equipamento de raio-x.


“O hospital passou apenas por uma pintura na fachada do prédio, deixando a parte interna sem os reparos necessários. A situação pode resultar inclusive na interdição por parte do CRM, se o órgão fiscalizador julgar procedente”, explicou o sindicalista.
Doação
A diretoria do Sindicato ainda aproveitou para realizar a doação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os médicos que atuam no Hospital Geral de Brasileia, buscando colaborar com proteção dos profissionais.
Falta segurança
O presidente do Sindmed-AC verificou a necessidade de ampliar o serviço de segurança para os hospitais visitados para coibir o assédio e até a prática de crimes, preservando a vida de pacientes e profissionais de saúde.
Relatório
Um relatório será enviado a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e ao Ministério Público Estadual (MPE), apresentando todas as demandas encontradas com o objetivo de cobrar melhorias.

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