Sindmed-AC encontra irregularidade no fluxo de atendimento da UPA do Segundo Distrito e a possibilidade de contaminação cruzada
O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) recomendará à Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) a mudança do fluxo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito. O motivo é a falta de separação dos casos de coronavírus (Covid) e dos casos de síndrome gripal, resultando em contaminação cruzada de pacientes e acompanhantes.
Os sindicalistas verificaram que os servidores estão preocupados com a falta de organização funcional do ambiente, existindo alertas feitos à gestão, mas os apelos foram ignorados, centralizando os atendimentos em um mesmo ambiente, o que pode ser caso de pedido de abertura de investigação pelo Ministério Público Estadual (MPE), por colocar em risco a população, além da possibilidade de denúncia solicitando a interdição ética junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
Segundo o primeiro-secretário do Sindmed-AC, Gilson Lima, a UPA do Segundo Distrito se transformou em unidade
de referência, mas continua recebendo a população com outras enfermidades. Mesmo existindo salas suficientes para a separação dos atendimentos, o espaço continua sendo utilizado de forma a ignorar os cuidados sanitários.
“A triagem, por exemplo, funciona apenas com uma profissional, resultando em sobrecarga de trabalho, aumentando os riscos de contaminação e mortes. Seria necessário um médico, uma enfermeira e um técnico na triagem para garantir agilidade no atendimento, além da testagem dos casos suspeitos de Covid em sala separada”, criticou o representante do Sindicato.
O diretor sindical Antônio Lisboa alertou ainda que a falta de fluxo exclusivo para coronavírus expõe os trabalhadores, resultando em casos de afastamento por contaminação, reduzindo a quantidade de servidores por plantão.
